PROJECTOS EM CURSO
DE OUVIDO E CORAÇÃO
Tributo a José Afonso
“De ouvido e de coração”, a criação musical de José Afonso impõe-se como património rico de invenção e desafio.
Recriar as suas canções numa perspectiva erudita é o desafio que me acompanha desde 1975, ano da estreia de “Grândola, vila morena”, para a orquestra de metais, piano e contrabaixo, De Volharding, em Amesterdão.
Comecei em 1974, na Holanda, a orquestração das canções "Grândola, Vila morena", “Coro da Primavera” e “Cantar alentejano” para a orquestra de sopros, piano e contrabaixo, De Volharding , de Amesterdão.
As respectivas partituras foram editadas pela editora Donemus, de Amesterdão, sob o título “José Afonso - Cantares Portugueses”.
Amílcar Vasques-Dias

Este relato do compositor Amílcar Vasques-Dias dá o mote a um Projecto que nos acompanha, a ele, a mim, Luís Pacheco Cunha e a alguns outros parceiros (que sempre lhe “emprestam” novas virtualidades e roupagens) há já mais de 20 anos.
Desde então, vimos correndo o país irmanados pela grande admiração que nutrimos pelo nosso grande bardo Zeca, recriando, em cada actuação, em cada sala - no desfiar das almas e dos sons – o desafio e a invenção que o próprio Zeca tão bem sabia prodigalizar.
Desde muito cedo inúmeros amigos instaram para que realizássemos um registo do nosso trabalho. Um deles, Arnaldo Trindade, da Orfeu (a editora do Zeca) chegou mesmo a agendar estúdio, mas outros projectos que ambos fomos realizando e impedimentos vários (falência da Orfeu!) decidiram a contra-mão.
Até agora. Este é o momento. A árvore está madura e temos connosco os parceiros mais entusiastas e transversais de sempre, capazes de a alegrar de cores e de frutos sumarentos e brilhantes.
PROGRAMA CONCERTO / CD
O programa deste concerto, que, ao voltar à estrada, será agora também vertido em CD (que contará com 12 faixas áudio + uma de vídeo) terá o seguinte alinhamento:
- A MULHER DA ERVA (improviso instrumental | violino e piano)
- BALADA DO SINO (improviso instrumental | violino e piano)
- VEJAM BEM (improviso instrumental | piano solo)
- QUE AMOR NÃO ME ENGANA (Natasa Sibalic, soprano lírico)
- Ó QUE JANELA TÃO ALTA (improviso instrumental | violino e piano)
- CANTIGAS DO MAIO (improviso instrumental | violino e piano)
- CANTAR ALENTEJANO (Esther Merino | cantaora)
- VENHAM MAIS CINCO (improviso instrumental | violino e piano)
- CANÇÃO DE EMBALAR (Esther Merino | cantaora)
- EU FUI VER A MINHA AMADA (Carlos Guilherme, tenor lírico)
- BALADA DO OUTONO (Natasa Sibalic, soprano lírico)
- TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM (Carlos Guilherme, tenor lírico)
A interpretação ficará a cargo de Amílcar Vasques-Dias (piano), Luís Pacheco Cunha (violino) e das vozes de Esther Merino (cantaora), Ricardo Ribeiro (cantador / fadista), Natasa Sibalic (soprano lírica) e Carlos Guilherme (tenor lírico).
O que musicalmente fazemos não se define, não se descreve, não se “enquadra”, não se conforma...
Convida-mo-vos a ler o depoimento abaixo do crítico, musicógrafo e membro da Direcção da Associação José Afonso Rui Mota. Mas o melhor mesmo é ouvir!
Fica o desafio.
Em 2022, outros concertos terão lugar Almada, dia 23 de abril, em Serpa, a 25 de Abril, em Santarém, a 29 e em Cascais (Museu da Música Portuguesa), a 2 de Julho. No corolário deste projecto será gravado na Musibéria, em Serpa, um CD a editar ainda este ano.
“De ouvido e coração”- uma experiência única!
Rui Mota
A primeira vez que nos lembramos de ter escutado “De ouvido e coração”, concerto-comentado por Amílcar Vasques Dias, foi nas instalações da Fábrica Braço de Prata, em Lisboa. Já lá vai um bom par de anos.
Revimo-lo, diversas vezes, em lugares tão improváveis como a sala de espelhos do Palácio Foz em Lisboa, o salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal, a Livraria “Ler Devagar”, no Festival Badasom de Badajoz, no Convento de Jesus em Évora, de novo no Palácio Foz e, mais recentemente, no Coliseu de Recreios em Lisboa, em noite de evocação de José Afonso, inspirador deste projecto.
Da primeira audição, guardamos as memórias de um concerto íntimo, em sala rodeada de livros, de dois músicos de excepção - o pianista Amilcar Vasques Dias e o violinista Luís Pacheco Cunha - empenhados na interpretação e na divulgação da obra do nosso maior cantautor.
A surpresa e o entusiasmo foram tais que, nessa mesma noite, concordámos em organizar uma apresentação pública do projecto em Setúbal, o que viria a acontecer no dia Mundial da Música, na Câmara Municipal da cidade. Um acontecimento, dessa vez presenciado por dezenas de amigos do Zeca, pouco habituados a adaptações clássicas e jazzísticas da obra do cantor, desde sempre mais identificado com a música popular portuguesa.
O sucesso foi imediato e, repetir o concerto em Lisboa, seria uma questão de meses, dessa vez numa parceria com a livraria “Ler Devagar”, em sala esgotada para o efeito. Outros concertos, dentro e fora do país, se seguiriam, entre os quais, a actuação no Coliseu de Lisboa, ficará na memória de quem a este assistiu.
Entretanto, o concerto “cresceu”: em duração, em execução musical, agora mais coesa e ágil, e em dramaticidade, para a qual, muito contribuiu, a expressividade da “cantaora” flamenca Esther Merino.
Ver e ouvir “De ouvido e coração” hoje, continua a ser uma experiência única, porque irrepetível na sua riqueza harmónica e melódica, só ao alcance de intérpretes de excepção. A recriação da grande música de José Afonso conhece, desta forma, a dimensão que sempre lhe esteve subjacente, mas à qual não tínhamos tido, até agora, acesso. Entre a música erudita, o jazz e o flamenco, o concerto reinventa os grandes temas de Afonso, mantendo-se fiel à sua matriz original. Temas como “A mulher da erva”, “Que o amor não me engana” ou “Cantar Alentejano” (Catarina Eufémia), para citar apenas alguns entre muitos, constituem verdadeiras pérolas de um acervo inesgotável.
Faltava a edição discográfica. Para que todos, os que conhecem a música de José Afonso e o concerto “De ouvido e coração”, possam disfrutar desta simbiose única: a da grande música interpretada por grandes músicos. O resultado está aí, nesta gravação, que arriscamos a apelidar de histórica. Regozijemo-nos, pois.
ARTISTAS
- AMILCAR VASQUES DIAS
- LUÍS PACHECO CUNHA
- NATASA SIBALIC
- CARLOS GUILHERME
- ESTHER MERINO
- RICARDO RIBEIRO
Nasceu em Badim, Monção. Estudou Piano e Composição nos Conservatórios de Música do Porto e de Braga. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Secretaria de Estado da Cultura para o Mestrado em Composição Instrumental e Electroacústica no Conservatório Real de Haia, na Holanda, onde Louis Andriessen, Peter Schat, Jan van Vlijmen e Dick Raaijmakers foram seus professores.
Também o seu trabalho com Karlheinz Stockhausen, na Holanda, com Iannis Xenakis, em Aix-en- Provence, em França, e com Cândido Lima, em Portugal, foi tão relevante que o leva a considerar aqueles compositores-professores os mais influentes na sua formação como músico e compositor.
Em 1989, conheceu Fernando Lopes-Graça, a quem apresentou as suas composições realizadas na Holanda. É a partir desta convivência que começa a dar mais atenção à música tradicional portuguesa, manifestando a sua influência em algumas das suas peças. Na Holanda, desenvolveu actividade artística e pedagógica como pianista e como compositor durante 14 anos.
Como pianista, interpreta a sua própria música, tendo realizado concertos em Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Bélgica, França, Rússia, Canadá e Estados Unidos da América.
Como compositor, recebeu encomendas de várias instituições públicas e privadas holandesas e portuguesas no campo da música instrumental e vocal de câmara, eletroacústica, orquestra sinfónica, orquestra de metais, coro acompanhado ou a cappella, obras multimédia, ópera, e música para cinema e para teatro. A sua música tem sido tocada em Portugal e em outros países da Europa, da América e no Japão, especialmente em festivais de música contemporânea.
Sobre libretos de Helena da Nóbrega escreveu as óperas Soror Mariana Alcoforado (2017) realizada e apresentada no Convento dos Capuchos (Almada) e em Évora, e Geraldo e Samira – uma ópera para Évora (2019) apresentada em 31 de Agosto e 1 de Setembro, em Évora, com produção da Musicamera.
Tem várias obras gravadas em diferentes CD’s editados na Holanda e em Portugal, sendo alguns exclusivamente da sua própria música, nomeadamente Doze Nocturnos em Teu Nome, pelo pianista Álvaro Teixeira Lopes; Canções de Évora pelo pianista João Vale e o soprano Cláudia Pereira Pinto; Lume de Chão - tecido de memória e afectos, pela pianista Joana Gama. Paralelamente à sua actividade de compositor, realizou projectos de fusão do piano clássico com o jazz tendo gravado o cd Desnudo com a cantora Joana Machado e com a música tradicional, nomeadamente com o cante alentejano, e do qual resultou o cd Em cante- música do Alentejo e ainda com a música flamenca.
Conheceu e acompanhou José Afonso em 1978, na Holanda, e desde então, tem-se dedicado ao estudo e recriação da sua música, tendo criado com o violinista Luís Pacheco Cunha e a cantaora Esther Merino o projeto José Afonso: de ouvido e coração, apresentado em concertos na Holanda, Espanha e Portugal. Desde o seu regresso da Holanda em 1988 até 2010, foi também professor nas Escolas Superiores de Música de Lisboa e do Porto, na Universidade de Aveiro e na Universidade de Évora. Foi mentor e director artístico do Encontro de Música do Alentejo do séc. XX, de 1998 a 2009.
Actua como recitalista, músico de câmara e solista na maioria das cidades portuguesas, em Espanha, França, Suiça, Alemanha. Realizou tournées de concertos na Bélgica, Holanda, Inglaterra, Escócia, Irlanda, URSS/CEI e em Angola e gravou para a RDP, RTP, TVI e GOSSTELERADIO (Rússia). Cursou o Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, a International Menhuin Music Academy, em Gstaad, Suiça, estagiou em Londres, França, Finlândia, com formadores como Zorya Chikhmourzaeva, Yossi Zivoni, Vasco Barbosa, Mikhail Kopelman, Sandor Végh, Yehudi Menhuin, Maria João Pires. Realizou, com Jean - Sébastien Béreau, um Estágio em Direcção de Orquestra, em Lisboa.
Foi membro das Orquestras Gulbenkian e do Teatro de São Carlos e concertino da Orquestra Sinfonia B, da Heidelberger Kammerorchester, da Orquestra da CNB da Orquestra do Festival MusicAtlântico e da Camerata Musicamera. Promove e actua em projectos pluridisciplinares de teatro musical tais como “Música para Pais e Filhos”, “Danças”; ou “O Navio dos Rebeldes”. Dirigiu, em 2008, no Teatro da Trindade, uma versão “revisitada” da ópera “Orfeu” de Gluck e, em 2009, no Centro Cultural de Belém, o “Dido e Eneias” de Purcell.
É membro fundador e 1º violino do Quarteto Lopes-Graça. É professor de violino e música de câmara na Escola de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa. Dirigiu a classe de Orquestra do Conservatório Metropolitano. Leccionou Didáctica e História do Violino na Universidade de Évora, Cursos de Formação de Docentes do Ensino Artístico Especializado e fundou, em 2008, os Cursos de Música do Pendão. É actualmente director artístico das Master - Classes ZezereArts, no Convento de Cristo, em Tomar. Em 2016 assumiu a Direcção Artística do Ciclo de Música no Convento dos Capuchos e em 2017, a Coordenação Artística e Produção Executiva da Ópera Soror Mariana Alcoforado, do compositor Amílcar Vasques-Dias, apresentada em Almada e em Évora. No Verão de 2019 foi responsável pela Direcção Artística e de Produção da Ópera Geraldo e Samira, que se apresentou no Festival Artes à Rua, em Évora.
A sua discografia inclui apresentações a solo com Orquestra – CD/ EXPO 98, Fantasia “Il Trovatore” de Sá Noronha, para Violino e Orquestra (RCA Classics, 1998) e CD “Quatro Estações”; de Vivaldi com a Orquestra Sinfonia B (Bajja Records, 2000); Recital - CD “Dancing Fiddle” (Numérica, 2008) e CD “Violino em Portugal” (Numérica, 2011), ambos com o pianista Eurico Rosado e ainda a colaboração de José Diniz (guitarra), Luís Gomes (clarinete) e Pedro Wallenstein (contrabaixo); Música de Câmara - CD “Quartetos de Santos Pinto” para MC/ IA, 2004; com o Quarteto Lopes Graça, de que é membro fundador, gravou, para a editora Numérica, o CD "Música Portuguesa para um Quarteto" (Numérica, 2009), com obras daquele autor e de António Victorino d’Almeida. Este trabalho foi vencedor do PRÉMIO AUTORES / RTP 2010, na categoria de “Melhor Trabalho de Música Erudita”. Também com este colectivo editou o CD "CRIASONS" (Numérica, 2011) e LOPES-GRAÇA – COMPLETE MUSIC FOR STRING QUARTET AND PIANO (Toccata Classics, 2014 e 2015). Já em 2019, editou o volume 1 da JOLY BRAGA SANTOS – COMPLETE CHAMBER MUSIC, incluindo os seus dois Quarteto e o Sexteto, e também o CD "CRIASONS II" (Editoras TOCCATA CLASSICS, NUMÉRICA, BMG/RCA, BAJJA Records, iTunes).
A soprano Natasa Sibalic nasceu em Belgrado (Sérvia). Estudou piano, canto e musicologia. É diplomada pela Academia das Artes de Novi Sad e licenciada pela Escola Superior de Música de Lisboa. Aperfeiçoou-se ainda com Biserka Cvejic (Viena), Earl Buys (New York), Elizabeth Bentson-Opitz (Hochschule fur Music und Theater- Hamburg) e Elena Dumitresku-Nentwig (Alemanha), com a qual realizou Estúdio de Ópera na qualidade de bolseira do Centro Nacional de Cultura.
Obteve diversos prémios em Concursos Nacionais e Internacionais, e ainda um Prémio especial pela interpretação de Lieder de Schubert. Foi bolseira de prestigiada fundação “Melakija Bugarinovic” . Em 2010. foi finalista no Concurso ARMEL/MEZZO Opera Competition na Hungria.
Em Portugal, onde reside desde 2000, apresenta-se regularmente em teatros e festivais no país (Teatro Nacional São Carlos, TN D.Maria II, Teatro de São Luís, Teatro de Trindade, CCB, CC Vila Flor em Guimarães, entre outros), nos Açores (Festival “Musica do Mundo “ com Quarteto Lopes-Graça) e Madeira (a convite da Orquestra Clássica da Madeira) e também no estrangeiro (Festival “Les Perfums de Lisbonne” em Paris sob apoio do Instituto Camões, na Croácia e na Holanda).
O seu repertório de ópera inclui papeis de Beauty " The Triumph of Time and Truth" de G.F.Handel, Ília "Idomeneo", Rainha da Noite e Pamina "Flauta Mágica"de W.A. Mozart, Euridice “Orfeo et Euridice” de C.W.Gluck, Mina ”As duas mulheres de Sigmund Freud” de Hugo Ribeiro e “Mudos” de Gonçalo Gato. Em 2017 protagonizou Soror Mariana na estreia absoluta da Ópera “Soror Mariana Alcoforado” de Amílcar Vasques-Dias. Em 2019 foi a árabe Samira da Ópera “Geraldo e Samira” também de Amílcar Vasques-Dias. Trabalhou sob direcção dos maestros Christopher Bochmann, Brian MacKay e Nicholas McNair e coordenação artística de Nélia Pinheiro e Aldara Bizarro (coreografia / movimento), Miguel Moreira e F. Pedro Oliveira (encenação).
O seu repertório de ópera inclui papeis de Beauty " The Triumph of Time and Truth" de G.F.Handel, Ília "Idomeneo", Rainha da Noite e Pamina "Flauta Mágica" de W.A. Mozart, Euridice “Orfeo et Euridice” de C.W.Gluck, Mina ”As duas mulheres de Sigmund Freud” de Hugo Ribeiro e “Mudos” de Gonçalo Gato. Em 2017 protagonizou Soror Mariana na estreia absoluta da Ópera “Soror Mariana Alcoforado” de Amílcar Vasques-Dias. Em 2019 foi a árabe Samira da Ópera “Geraldo e Samira” também de Amílcar Vasques-Dias. Trabalhou sob direcção dos maestros Christopher Bochmann, Brian MacKay e Nicholas McNair e coordenação artística de Nélia Pinheiro e Aldara Bizarro (coreografia / movimento), Miguel Moreira e F. Pedro Oliveira (encenação). Mantem actividade concertante regular, dedicando-se, essencialmente, à música de câmara. Desde 2010, actua regularmente com a pianista norueguesa Anne Kaasa num Duo de voz e piano, apresentando-se em festivais no país , França e na Holanda. Em 2019, participou em vários programas do Festival “Criasons”, de música contemporânea, onde estreou obras que lhe foram dedicadas.
Colaborou, entre outros, com a Orquestra Sinfónica Juvenil, o Quarteto Lopes-Graça, os pianistas Anne Kaasa, João Paulo Santos, Rui Pinheiro, Ana Cláudia Assis, Francisco Sassetti e Pedro Ramos.
Gravou para a Rádio e TV de Novi Sad, Rádio de Belgrado e RTP (Antena 2).
Nasceu em Lourenço Marques, Moçambique. Estudou com John Labarge no Conservatório Regional do Algarve e foi cantor residente do Teatro Nacional de S.Carlos de 1980 a 1992.
O seu repertório inclui 51 papéis principais em 89 óperas, recitais e concertos por todo o país sendo de realçar a sua colaboração com o Círculo Portuense de Ópera e a Fundação Calouste Gulbenkian.
A partir de 1987 foi convidado a cantar noutros países tais como os Estados Unidos, Brasil, Moçambique, Bélgica, França, Espanha e Israel. Gravou em CD “A Canção Portuguesa”, com Armando Vidal.
Mais recentemente o CD “IN OPERA” com árias de ópera acompanhado pela Orquestra do Norte. Além das principais orquestras portuguesas, colaborou com a O. de Câmara de Pádua, do Comunal de Bolonha, Filarmónica de Moscovo e Sinfónicas de Budapeste, de S. Francisco, de Israel, de Pequim e de Shangai. Em Abril de 2001 estreou-se em Itália no Teatro Rossini.
Voltou a Itália em 2005 para cantar nos Teatros Comunais de Ferrara e de Modena. Actuou em Coimbra com o tenor José Carreras.
A 8 de Junho de 2016 ano apresentou-se em Roma em recital integrado numa Mostra de Arte Portuguesa, com um programa inteiramente consagrado a compositores portugueses, acompanhado ao piano pelo maestro Armando Vidal. Melhorou a sua técnica vocal com Marimi del Pozo, Gino Becchi, Franco Campogalliani, Claude Thiolass e Regina Resnik. Venceu o prémio “Tomas Alcaide” e foram-lhe atribuídos 4 prémios “Nova Gente”.
Encontra-se no 40º ano de carreira profissional.
Cantora paya, nasceu em Gévora (Badajoz), Extremadura, em 1984. Reconhece suas principais referencias em Antonio Mairena, La Paquera de Jerez, Fosforito, Chano Lobato... Possuidora de uma voz brilhante, vigorosa e rica em matizes, o que Esther Merino oferece nas suas actuações é um fraseado muito “flamenco” e um extraordinário conhecimento dos cantes que executa, sempre na linha mais ortodoxa e com grande honestidade. Actuou em numerosos festivais a nível nacional e internacional, percorrendo também as peñas de Sevilha, Madrid, Córdoba, Granada, Málaga, Huelva, Almería, San Sebastián, Barcelona, Murcia, Valencia, Castellón, Cáceres e Badajoz, compartindo cartel com grandes figuras do flamenco.
Gravou o disco “Pasión por el flamenco”, volume 2, editado pela Deputación Provincial de Badajoz em 2006. Actualmente administra classes como professora de cante flamenco na “Escuela Itinerante” da Federación Regional de Peñas Flamencas de Extremadura.
PRÉMIOS
§ Primer Premio Casa del Arte Flamenco “Antonio Mairena” por Bulerías y Tangos, en Mairena del Alcor. (Sevilla). Septiembre 2006.
§ Primer Premio Concurso Arrasate-Mondragón (Vizcaya). Noviembre 2006. •
§ Primer Premio “Cantes Mineros” en Calasparra. (Murcia). Agosto 2007
§ Primer Premio por Cantes de Granada, Málaga, Córdoba y Huelva en Calasparra. (Murcia) Agosto 2007
§ Primer Premio “Lámpara Minera” Premio Joven en Peñarroya –Pueblonuevo (Córdoba). Diciembre 2008
§ Primer Premio “Cantes Grandes” en el Concurso de “ Mayorga, Ciudad de Plasencia”. Marzo 2009
§ Primer Premio Cantes Grandes “Peña Juan de Arco” de Badalona. (Barcelona). Noviembre 2006.
§ Primer Premio “Cantes Extremeños” en el Concurso de “Mayorga, Ciudad de Plasencia”. Marzo 2006.
§ Primer Premio “Cantes Extremeños” en el Concurso de “Mayorga, Ciudad de Plasencia”. Marzo 2007.
§ Primer Premio “Cantes Extremeños”, en Hornachos (Badajoz). Septiembre 2006.
§ Primer Premio “Cantes Extremeños” en el Concurso de "Mayorga, Ciudad de Plasencia”. Marzo 2009
§ Segundo Premio Concurso “Villa de Gines” en Gines (Sevilla). Octubre 2006.
§ Segundo Premio Concurso “Úbeda, Ciudad de Flamenco”. Octubre 2007
§ Segundo Premio en la “1ª Bienal Flamenca de Cante” en Linares. Enero 2008
§ Segundo Premio en el X Concurso Andaluz de la Federación Provincial de Sevilla. Marzo 2009
§ Tercer Premio de “Cantes Grandes” en el Rincón de la Victoria (Málaga). Junio 2007
§ Finalista en el Concurso Internacional del “Cante de las Minas de la Unión” por Levantica y Taranto. Agosto 2007.
§ Finalista en el Concurso Internacional “Cante de las Minas de la Unión” por Minera, Taranta, Levantica, Taranto, Seguiriya y Buleria. Agosto de 2008.
§ Primer Premio “Espárrago Verde de Oro” en el “Primer concurso de Cante flamenco”, em Granada (2011).
Fadista, Ricardo Alexandre Paulo Ribeiro nasceu a 19 de agosto de 1981, em Lisboa. É um dos mais tradicionalistas cantores da chamada nova geração de fadistas. É um daqueles casos em que o fado se confunde com a vida.
Oriundo de família sem posses, foi criado no Bairro da Ajuda. A sua tia tinha uma grande coleção de discos de fado. Aos nove anos, estreou-se a cantar em público. E foi passando por coletividades, sobretudo pela Academia da Ajuda.
Aos 14 anos, concorreu à grande noite de fados, e ficou em segundo lugar. Aos 15, com "Minha Mãe Nasci Fadista" (um fado do reportório de Fernando Maurício) ganhou o certame. E aos 18, repetiu a proeza, desta vez na categoria de seniores. Tornou-se fadista profissional, atuando em várias casas da capital. Além de Fernando Maurício, n'«Os Ferreiras» conviveu com a grande fadista Beatriz da Conceição e conheceu o músico e produtor Jorge Fernando, que acreditou na sua voz e o convidou para participar numa coletânea da Companhia Nacional de Música. Essa participação abriu-lhe as portas para o primeiro disco a solo, com o título Ricardo Ribeiro (2004, Companhia Nacional de Música). É um álbum em que fica patente a sua predileção pelo fado tradicional. Como exceções, apenas quatro temas: dois de Jorge Fernando, um de Paco González e outro de Manuel Mendes. Opta por poetas de cariz mais popular e conta com letras especialmente escritas para si por José Luís Gordo e Rui Manuel. É acompanhado por José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Jorge Fernando (viola) e Marino de Freitas (viola-baixo).
Ricardo Ribeiro, que tem como segunda grande paixão o flamenco, já atuou em países como Espanha, Itália e Estados Unidos. Em 2005, integrou o elenco do espetáculo Cabelo Branco é Saudade, de Ricardo Pais, juntamente com Argentina Santos, Celeste Rodrigues e Alcindo de Carvalho. No mesmo ano, foi distinguido com dois prémios de revelação: o Prémio Amália Rodrigues e o da Casa da Imprensa.