Foi assim o Festival ZêzereArts 2021.
A 11ª edição do Festival ZêzereArts chega ao fim com muito a celebrar: foram oito concertos esgotados, em seis monumentos do património do Médio Tejo, pelos quais passaram cerca de 1500 espectadores ávidos pelo retorno às apresentações de música e aos eventos culturais.
Nos Cursos de Verão - “talvez os melhores de sempre”, nas palavras do director artístico Luis Pacheco Cunha -, participaram músicos e estudantes de nove nacionalidades diferentes, e 39 formandos apresentaram-se no Festival com muito entusiasmo e dedicação.
Da rica programação preparada para este ano, merece destaque a ópera I Capuleti I Montecchi, de Bellini, que aconteceu nos últimos três dias do Festival. Desde o espectáculo Bodas de Fígaro, levado a palco em Ferreira do Zêzere no ano de 2018, que o ZêzereArts não estreava uma ópera na região do Médio Tejo. Este ano, uma residência de três semanas, a trabalhar com o maestro Brian MacKay, com o encenador de ópera internacional Chris Cowell e com cantores da nova geração - talentos majoritariamente portugueses -, culminou em “uma produção soberba, que cativou e comoveu o numeroso público que acorreu aos 3 espectáculos”.
Mesmo em um tempo tão desafiador e instável, que impôs tantas limitações e tantas novas responsabilidades, comprovou-se como um pouco de teimosia pode resultar em um grande Festival. “Sabendo que nada é perene, sentimos que neste momento um ano sem festival é um ano mais triste em Tomar, em Ferreira do Zêzere, na região do Médio Tejo”. Com música erudita da mais alta qualidade, positivismo e esperança: foi assim o Festival ZêzereArts 2021! Vemo-nos no próximo verão!
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Fotos: André Roma.