PROJECTOS EM CURSO
Templo da Música
Com este seu espaço de programação própria que lhe foi outorgado em regime de concessão (estabelecido através da assinatura de um protocolo tripartido entre a Santa Casa da Misericórdia de Tomar, a Autarquia e a empresa), MUSICAMERA atinge um novo patamar decisivo na sua atividade ao mesmo tempo que assume responsabilidades acrescidas na missão de que está investida – uma abordagem multifacetada que promova a criação, difusão, formação e fruição cultural das populações, visando corrigir assimetrias regionais em prol de um desenvolvimento local sustentado e sustentável. Embarcamos neste projeto com renovado entusiasmo, estimulando os nossos artistas para uma aposta de difusão e criação musical com forte envolvimento comunitário.
O espaço de que dispomos, uma magnífica Igreja, obra manuelina do século XVI, vizinha ao Hospital da Misericórdia, foi recentemente intervencionada numa extensa obra de renovação financiada pelo Fundo Rainha D. Leonor, contemplando a recuperação do seu órgão barroco, oferta do Convento de Cristo e que terá, obviamente, papel de destaque na nossa programação. Esta obra aportou igualmente ao monumento novas acessibilidades e um espaço museológico.
Depois de um ano de 2023 excepcional, cumprindo todas as nossas expectativas artísticas e da resposta do público, que acorreu, generosamente, a todos os concertos, redobramos o entusiasmo e o investimento no ano de 2024, com novas valências e projetos.
Organizamos a nossa atividade em vários eixos, com variadas intersecções:
Temporada barroca – concertos com largos efetivos (corais e instrumentais), que também animarão as épocas festivas do Natal e da Páscoa;
Quarteto Lopes-Graça (e convidados) – ao nosso repertório consolidado juntaremos novas valências, convidando, por vezes outros intérpretes, nomeadamente, em 2024, a Guitarra (com música de geografias latinas), e instrumentistas de sopro, numa mini-série que denominámos Mozart + Um.
Outros projetos instrumentais, combinações mais heterogéneas, como será o caso dos programas com o Kinetix Duo (saxofone e vibrafone), de Flauta e Percussão (com Katharine Rawdon e Francisco Cipriano) ou o Barroc Brass.
A Voz – com a pujança e comunicabilidade que é seu apanágio, estará presente ao longo de toda a programação, em coro ou a solo e em despique com as maviosas ressonâncias do nosso órgão barroco; mas também num registo mais moderno, num programa dedicado a Schostakovich.
Espaço de Criação – esta modalidade, em que depositamos grandes expectativas, contempla a realização de “work-shops espontâneos”, abertos a toda a população criativa, com leit-motivos propostos que vão dos sopros ao jazz, este ano também a dança e instrumentos exóticos, como o Shakuachi.
PROPOSTA
Como vai sendo marca da nossa intervenção cultural há vários anos, um espaço privilegiado será outorgado à criação e apresentação de música de matriz autoral portuguesa, a par do repertório mais canónico, indispensável numa perspetiva atuante de formação de públicos e disseminação cultural. Alguns dos espetáculos serão, pela dimensão e complexidade dos efetivos técnicos requeridos, realizados noutros espaços, nomeadamente no Cine-Teatro Paraíso, cuja programação integramos também no âmbito do recente apoio que o espaço recebeu da RTCP.
Será o caso dos eventos de celebração do 25 de Abril ("Revolução que Foste Minha") e num programa com piano - ("Shostakovich - Luz e Treva") que terá lugar na Biblioteca de Tomar. A apresentação do Duo Contracello, que celebra 30 anos de vida, data vez em formação alargada, de Quinteto de Cordas, completa o périplo das interligações que queremos proporcionar com as demais atividades da Musicamera, trazendo-as também ao nosso espaço próprio.
Outras propostas irão certamente surgir, suscitadas pela interação com o nosso público e as comunidades criativas locais. Fundamental será, porém, manter os braços deste novo Templo da Música abertos à fruição de todas as camadas da população, destilando, através de novas contaminações culturais, a via para a cidadania plena.
AGENDA
Quinta-feira, 16 de Fevereiro, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Vivaldi e Jóias Raras do Barroco
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
Vivaldi, o Padre Vermelho, um pouco louco e um rockstar da música barroca, não poderia imaginar que seria mundialmente famoso 300 anos depois. Essa fama destaca a extraordinária riqueza musical do período barroco mas, paradoxalmente, obscurece o fato de que havia muitos outros escrevendo bela e intensa música todos os dias. Neste programa ouvimos Vivaldi ao lado de música do compositor português Pedro António Avondano com outras jóias raras de compositores italianos menos famosos agora “felizes” por a fama de Vivaldi também ter mantido a sua música viva.
Natasa Sibalic | Juliana Mauger – voz
Luis Pacheco Cunha – violino
Isabel Pimentel – violeta
Adriano Aguiar – contrabaixo
Brian MacKay – orgão e cravo
Quinta-feira, 2 de Março, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Clássicos e “ligeiros” com Quarteto Lopes-Graça
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
O Quarteto Lopes-Graça, coletivo que escolheu honrar, com o seu nome, o mais ilustre músico Nabantino, conta já com 18 anos de existência, centenas de concertos em Portugal e pelo mundo. O programa que trazemos a este encontro, numa amálgama de estilos e sabores, almeja a, de forma descontraída, trazer até vós alguns dos mais populares temas escritos para esta formação instrumental - quiçá a mais produtiva de toda a história da música – o quarteto de cordas.
Dadas as boas vindas com o emblemático tema noturno de Mozart, transportamo-nos de seguida aos salões da aristocracia russa para assistir, à lareira, ao não menos afamado dueto amoroso de Borodin; e a nossa viagem prossegue até à imensidão das planícies americanas, para onde nos transporta a languidez do Adagio de Barber, para logo despertar nos estertores do “policial” americano de Grundman; com Ravel é a Belle Époque parisiense que nos acolhe em jeito de moderno conto de fadas, a densidade dos sonhos, sempre mais reais que a própria existência...For Vlada é a última obra que Eugénio Rodrigues dedica ao Quarteto e aqui apresentamos em estreia absoluta – um apelo à Paz por que ansiamos.
Eliot Lawson e Luís Pacheco Cunha – violinos
Isabel Pimentel – violeta
Catherine Strynckx – violoncelo
Sexta-feira, 10 de Março, 21h30, Cine-Teatro Paraíso de Tomar
FE…DE…RI…CO… Garcia Lorca Revisited (Festival Criasons Tomar)
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
A recriação de FE...DE...RI...CO..., um espetáculo original de Constança Capdeville estreado em 1987, no 50º aniversário de Federico Garcia Lorca, terá lugar no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, no dia 10 de Março de 2023, às 21:30h, e recorre à investigação de Filipa Magalhães.
Sábado, 11 de Março, 11h00-18h00, Igreja da Misericórdia de Tomar
Arte para todos - Espaço Criação, com o artista Yuri Marchese (Guitarra)
M/6
Entrada Livre
Sinopse:
Para este desiderato o Espaço de Criação | Arte para todos assume uma importância nuclear. Esta atividade, em que depositamos grandes expectativas, contempla a realização de “workshops espontâneos”, abertos a toda a população criativa e orientados por animadores / músicos profissionais, de várias valências, dos sopros ao jazz, da guitarra ao canto.
Estes artistas têm a seu cargo a tarefa de “organizar” a “mole” de competências artísticas que se lhes/nos apresentem – alguém que gosta de se movimentar, de cantar, de dizer poesia ou contar uma história, outro que toca um instrumento ou que se delicia com o desenho de linhas e cores, alguém muito bom com ritmos, outrem que tem gosto pelo gesto teatral. A todos oferecemos palco, de todos pedimos disponibilidade de partilha e trabalho participativo. E como as inibições ficam à porta, sempre esta atividade de um dia culminará com uma apresentação publica multidisciplinar, para a família, para os amigos, para todos. Não vamos ensinar nada a ninguém, vamos todos aprender com todos. A criatividade é condição do humano e, lá no fundo, todos somos artistas. Vir ao “Templo” terá, assim, a magia, de convocar outros tempos, em que – como na antiguidade – sobejava tempo para cultivar o sobre humano, a “centelha do divino” em cada um de nós.
Quinta-feira, 23 de Março, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Yuri Marchese - Um Violão Brasileiro
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
Neste recital, o guitarrista brasileiro Yuri Marchese apresenta um programa dedicado ao repertório para guitarra clássica de seu país, realizando a estreia em território português da execução integral do ciclo de Dez Estudos de Radamés Gnattali. Toda a vitalidade e inquietude irreverente dos ritmos e harmonias que sabem, como nada melhor, exprimir a generosidade, o calor e o balancear dos corpos e almas do país tropical.
Quinta-feira, 7 de Abril, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Páscoa Barroca, ZAVE e Musicamerata (Coro e Orquestra)
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
As obras conhecidas pelo género Stabat Mater, retratos musicais da Pietá (a virgem que chora Jesus morto nos seus braços) são, há séculos, presença assídua nos concertos Pascais. São partituras que exprimem com violência e intensidade toda a gama de emoções contraditórias que investem o drama da paixão de Cristo, a dor, o horror em poderoso conluio com a sublimação e alegria da missão redentora. São as melodias que nos trazem os nossos colectivos residentes – o coro ZAVE e a orquestra Musicamerata, sob a batuta do maestro Brian MacKay.
Sábado, 22 de Abril, 11h00-18h00, Igreja da Misericórdia de Tomar
Arte para todos - Espaço Criação com Brian MacKay
M/6
Entrada Gratuita
Sinopse:
O sucesso do grande investimento em serviço público cultural de qualidade que estamos a fazer na zona do médio Tejo e, em particular, na cidade de Tomar depende, fundamentalmente, do nível de resposta e participação das populações, cidadãos de todas as idades, profissões e extratos sociais que queremos cativar para atividades de lazer culturalmente informadas e artisticamente motivadas e de quem esperamos, tão só, que possam descobrir na sua vida um novo espaço de interesse e necessidade de partilha de tais inquietações e conteúdos.
Para este desiderato o Espaço de Criação | Arte para todos assume uma importância nuclear.
Esta atividade, em que depositamos grandes expectativas, contempla a realização de “workshops espontâneos”, abertos a toda a população criativa e orientados por animadores / músicos profissionais, de várias valências, dos sopros ao jazz, da guitarra ao canto.
Estes artistas têm a seu cargo a tarefa de “organizar” a “mole” de competências artísticas que se lhes / nos apresentem – alguém que gosta de se movimentar, de cantar, de dizer poesia ou contar uma história, outro que toca um instrumento ou que se delicia com o desenho de linhas e cores, alguém muito bom com ritmos, outrem que tem gosto pelo gesto teatral.
A todos oferecemos palco, de todos pedimos disponibilidade de partilha e trabalho participativo. E como as inibições ficam à porta, sempre esta atividade de um dia culminará com uma apresentação publica multidisciplinar, para a família, para os amigos, para todos. Não vamos ensinar nada a ninguém, vamos todos aprender com todos. A criatividade é condição do humano e, lá no fundo, todos somos artistas.
Vir ao “Templo” terá, assim, a magia, de convocar outros tempos, em que – como na antiguidade – sobejava tempo para cultivar o sobre humano, a “centelha do divino” em cada um de nós. Está feito o convite. Esperamos por ti.
Sexta-feira, 28 de Abril, 19h15, Cine Teatro Paraíso - Tomar
Joana Sá: Estás aí? Are you There?
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
Are you there? – resonant cartography of music (im)materialities convoca os diferentes solos (do passado, presente e futuro) de Joana Sá, colocando-os em relação na construção de uma ideia de corpo-escuta. Relacionando-se também com um livro e uma instalação virtual, o espectáculo explora a ideia de cartografia ressonante através do formato específico de conferência-performance, colocando o corpo do espectador e ouvinte como primeiro elemento musical (i)material desta cartografia e desconstruindo a ideia de música enquanto “exterioridade”: Are you there?
A conferência-performance conta com as importantes colaborações artísticas do músico e artista sonoro Henrique Fernandes, na criação de uma instalação/dispositivo sonoro “corpo-escuta”, da artista plástica Rita Sá, na criação visual e vídeo (ilustração e animação) e da designer Ana Viana, na criação de alguns elementos gráficos do vídeo.
Are you there? - é uma conferência-performance de Joana Sá que faz parte de a body as listening - resonant cartography of music (im)materialities, um projeto mais amplo com múltiplos outputs: 1) um livro com o mesmo nome do projeto que sairá em 2023 pela Sistema Solar/Teatro Praga, que se estabelece não apenas enquanto reflexão e investigação “sobre” a prática musical e performativa de Joana Sá (ligada ao seu doutoramento realizado 2020), mas também, ele mesmo, como proposta performativa e musical; 2) uma instalação virtual que é autónoma, mas complementar à experiência do livro); 3) a conferência-performance Are you there? ; 4) o CD a body as listening que sairá no último trimestre deste ano; 5) a performance a body as listening com estreia prevista no início de 2024 na Culturgest.
Sobre Joana Sá
Joana Sá é pianista, compositora e investigadora. Com um trabalho prolifico, que se destaca pela transversalidade, interdisciplinaridade e multidimensionalidade, tem-se apresentado em importantes espaços de programação nacional e internacional, contando ainda com a edição de diversos registos quer a solo, quer com diferentes formações.
Henrique Fernandes e Joana Sá formam agora um duo inédito de instrumentos não-convencionais e piano preparado no qual som, performatividade e imagem confluem na criação de discursos musicais que convocam e desafiam os diversos sentidos.
Ficha Artística:
Joana Sá – música, textos e performance
Henrique Fernandes - instalação/dispositivo sonoro corpo-escuta
Rita Sá - ilustrações e vídeo (animação)
Ana Viana - elementos gráficos no vídeo
Ficha técnica:
Suse Ribeiro - Técnico de som
Miguel Ramos (Tela Negra) - Técnico de luz
Musicamera:
Brian MacKay – Director Artístico do Festival Criasons
Élio Correia – produção
Mariana Silva Godinho – Produção
Luís Pacheco Cunha - Coordenação da produção
Luís Garção – Comunicação e marketing
Cine-Teatro Paraíso:
Fernando Paulo - Som
André Duarte - Luz
Francisco Graça - Geral
Paulo Duarte - Produção
Quinta-feira, 4 de Maio, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Uma voz para um Quarteto: Luís Rendas Pereira, Quarteto Lopes-Graça
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
O Quarteto Lopes-Graça, coletivo que escolheu honrar, com o seu nome, o mais ilustre músico Nabantino, conta já com 18 anos de existência, centenas de concertos em Portugal e pelo mundo.
Neste programa em que participa o barítono Luís Rendas Pereira, optamos por vos presentear com uma abordagem eminentemente romântica ao discurso musical. Schubert foi, como Mozart, um génio precoce e, como aquele, deixou-nos, nos poucos anos que viveu, uma grandiosa obra, pujante de sensibilidade exacerbada e emoções contrastantes.
Como Mozart, ainda, a voz foi a sua grande referência, quer nas canções, quer também na música instrumental. Rosamunda começou por ser música incidental para uma peça de Helmina von Chézy.
Tchaikovski, por muitos considerado o epítome do romantismo, o seu maior expoente, maravilha-nos, aqui, com um tema de origem popular, captado na casa de sua irmã, em Kamianka, actual território ucraniano.
A canção que César Viana nos oferta, hoje em estreia absoluta, é composta sobre poemas do mesmo autor - Eastern Sonets [Sonetos do Leste].
Finalmente, para que se não pense que o romantismo se circunscreve ao século XIX, trazemos-vos uma intensa canção de Barber escrita sobre um poema de Matthew Arnold, que parece exorcizar, em 1931, os fantasmas de todas as guerras.
Luís Rendas Pereira – barítono
QUARTETO LOPES-GRAÇA
Eliot Lawson, Luís Pacheco Cunha – violinos
Isabel Pimentel – violeta
Catherine Strynckx – violoncelo
Sexta-feira, 19 de Maio, 19h15, Cine Teatro Paraíso - Tomar
Árvore Metálica e Outras Histórias - Festival Criasons IV
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
Um ambiente onírico e surrealista, só vagamente assimilável a um concerto... de facto nada parecido com nada que já tenha visto! Mas a sua visão do mundo ficará comprometida para sempre.
ÁRVORE METÁLICA é uma obra escrita em 1986 e foi estreada nos Encontros de Música Contemporânea pelos Metais de Lisboa , grupo a quem a obra é dedicada. Tem 6 intérpretes ( Trompetes. Trompa e Trombones). A exploração da desmontagem física dos instrumentos com reflexos na execução é a ideia central deste trabalho.
FANTASIA SINFÓNICA PARA VIRADORES DE PÁGINA é uma performance dedicada aos viradores de página que ao longo das existências têm colaborado abnegadamente nos êxitos ou desaires de tantos pianistas ou outros músicos. Consiste na execução de viragens de páginas (cronometricamente coordenadas) de materiais de densidade variável – do papel de seda a páginas de aço. A cada página corresponde uma géstica diferente, conforme a memória dos materiais empregues na sua confeção.
ACINESIA/AKINESIS, para violeta, electrónica e voz e A OBSERVAÇÃO DO TEMPO/ OBSERVING TIME para tarola, electrónica e voz, são duas peças que fazem parte de um ciclo concebido para um instrumentista, voz e electrónica, que recorrem a textos extraídos do livro The Parable of the Beast, de John Bleibtreu, A primeira foi estreada em 2003, no âmbito do festival Música Viva e a segunda tem aqui a sua estreia mundial. Este ciclo pode ser inserido no género que se convencionou chamar de teatro-música, que o autor explora desde há anos. Este ciclo é composto por obras muito compactas e “portáteis,” susceptíveis de poderem ser executadas em qualquer espaço, mais ou menos convencional, explorando um género que, neste caso particular, lança desafios inusitados aos instrumentistas.
As obras de Constança Capdeville Valse, Valsa, Vals; Keuschheits Waltz para piano solo (dedicada a Olga Prats) e Ámen por uma Ausência para contrabaixo solo, foram concebidas para apresentação nos seus espetáculos de Teatro / Música, com o Grupo Colec’Viva, nos anos 80.
Ficha Técnica
Musicamera:
Brian MacKay – Director Artístico do Festival Criasons
Élio Correia – produção
Mariana Silva Godinho – Produção
Luís Pacheco Cunha - Coordenação da produção
Luís Garção – Comunicação e marketing
Cine-Teatro Paraíso:
Fernando Paulo - Som
André Duarte - Luz
Francisco Graça - Geral
Paulo Duarte - Produção
Quinta-feira, 25 de Maio, 19h15, Igreja da Misericórdia de Tomar
Guitarra em Trio - 14 Cordas em Conversa
M/6
Duração: 1 hora
Bilheteira: 5.00€
Sinopse:
Trio Guitarra, Violino e Violoncelo: Formado pela francesa Catherine Strynckx (Violoncelo), pelo português Luís Pacheco Cunha (Violino) e pelo brasileiro Yuri Marchese (Guitarra), o multiculturalismo do grupo é representado na variedade de géneros de um repertório que promove o diálogo do violino e do violoncelo com a guitarra. A Sonata para violoncelo e violão (guitarra) de Radamés Gnattali foi escrita em 1968 num dos períodos mais prolíficos de sua produção.
Esta é uma obra repleta de brasilidade, com ritmos derivados do samba e da toada, uma escrita que promove a interação orgânica entre os dois instrumentos. A História do Tango de Astor Piazzolla é uma obra canônica da música de câmara para guitarra. Originalmente escrita para duo com flauta, é frequentemente executada num outro instrumento característico do tango - o violino. O compositor demonstra o desenvolvimento do gênero através das épocas e ambientes que o tango colonizou, como indicam os nomes dos andamentos (Bordel 1900, Café 1930, Nightclub 1960 e Concert d"Aujourd'hui).
François de Fossa foi um guitarrista e compositor que viveu entre os séculos XVIII e XIX. Boa parte de sua obra é dedicada à música de câmara com guitarra, que inclui três Trios Concertantes para guitarra, violino e violoncelo. O tratamento do violoncelo é bastante influenciado pela música de Boccherini mas a sua escrita para guitarra é herdeira da tradição clássica, de figuras como Giuliani e Aguado.
Yuri Marchese - guitarra
Luís Pacheco Cunha – violino
Catherine Strynckx – violoncelo