PROJECTOS EM CURSO

VER OS SONS, OUVIR IMAGENS II

Ver os Sons, Ouvir Imagens é um evento multimédia de caráter performativo em que a música interpretada pelo Duo Contracello – original agrupamento de contrabaixo e violoncelo, integrado por Adriano Aguiar e Miguel Rocha –, composta por criadores contemporâneos propositadamente para o Duo, interage com sequências audiovisuais desenhadas por videoartistas nacionais. O trabalho criativo em torno do  cruzamento  destas duas expressões artísticas permite criar um espectáculo multidimensional, proporcionando ao público novas e intensas experiências estéticas.

Após ter trabalhado com os compositores João Pedro Oliveira, Isabel Soveral, Jaime Reis, Clotilde Rosa, António Chagas Rosa, Ângela Lopes e os videoartistas Mariana Irene Aparício, Inês Silva, Gabriel Marmelo e o próprio João Pedro Oliveira, com concertos nacionais em Castelo Branco, Lisboa, Porto e Torres Vedras e internacionalizações em Amesterdão, Madrid e Praga, usufruindo do apoio da DGARTES e da GDA, o Duo Contracello continua a apostar no projeto Ver os Sons, Ouvir Imagens, cuja validade tem sido confirmada pela excelente recetividade do público. Conta, assim, com um renovado leque de compositores e videoartistas, que mescla personalidades experientes com nomes emergentes.

DUO CONTRACELLO

O Duo Contracello iniciou a sua actividade em 1993. A receptividade e o sucesso imediatamente obtidos junto do público levaram os seus fundadores a apostar na continuidade do projecto. Para além das suas apresentações em Portugal (tais como Festivais de Música de Espinho, de Leiria, Porto 2001-Capital Europeia  da Cultura e Centro Cultural de Belém, Festival CriaSons 2011), o Duo Contracello actuou em Espanha, França (Festival d’Ile de France), Suíça, Estados Unidos da América e República Checa.O seu repertório, que se  estende de Couperin a Berio, é constantemente enriquecido com obras originais especialmente dedicadas. A primeira realização discográfica do Duo Contracello (CD NUMERICA 1055) foi publicada em fins  de  1996, contou com o apoio do Ministério da Cultura e inclui obras de Boismortier,  Pleyel,  Rossini  e  Alexandre  Delgado. Em 2006 foi lançado o segundo CD – “Duo Contracello II” com obras de Couperin, Keyper, Mozart, Boukinik e Carlos Azevedo. O CD – “Duo Contracello III”,  editado em 2015 é inteiramente preenchido com    obras dedicadas ao Duo Contracello por compositores portugueses: Sérgio Azevedo, Paulo Jorge Ferreira, António Victorino D’ Almeida, Isabel Soveral e César Viana. O programa deste último CD foi apresentado em numerosos concertos de norte a sul de Portugal, com o apoio da Direção-Geral das Artes.

COMPOSITORES

Actividade em composição, instrumentos, ensino, investigação, ensaio, conferência, jornalismo, animação cultural, divulgação, Diplomado em Piano e Composição pelos Conservatórios de Lisboa e Porto. Doutorado pela Universidade de Paris I e Paris IV. Frequentou cursos internacionais, cursos de música electrónica e informática musical, nas Universidades de Paris VIII, Paris I e II, no CEMAMu, e no IRCAM.

Bolseiro da Fundação Gulbenkian e da SEC/MC. Escreveu nas Enciclopédias Verbo e na imprensa. Televisão e rádio séries de programas. Director e professor dos Conservatórios de Braga e Porto, Professor Coordenador da ESMAE/IPP. Fundou o GMN. Autor da gravação de Arts/Sciences- Alliages de Xenakis. Música para diversas fontes sonoras e grupos corais ou instrumentais. OCEANOS e A-MÈR-ES introduzem na música para orquestra o computador e electroacústica. OCEANOS teve destaque na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO, e A-MÈR-ES foi reouvida no Festival Música Viva de Miguel Azguime em 2019. Formou, como tenor, Fernando Serafim, um duo nas décadas de 60/70.

Mariana Vieira estudou saxofone, piano e composição na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo. Tem apresentado o seu trabalho em festivais como Monaco Electroacoustique, Festival DME (Dias de Música Electroacústica), Aveiro Síntese, Encontros Nova Música – Vila do Conde, Música Viva e Peças Frescas. Obteve o 1º prémio no concurso de composição/interpretação Nano Músicos Electroacústicos 2014.

Participou em workshops com François Bayle, Åke Parmerud, Annette Vande Gorne e Bernard Fort. É produtora do festival DME e presidente da associação EMSCAN desde 2016. Frequenta a Licenciatura em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa.

João Pedro Oliveira (n. 1959) estudou órgão, composição e arquitectura em Lisboa. Doutorou-se em Música (Composição) na Universidade de New York em Stony Brook. As suas obras incluem uma ópera de câmara, um Requiem, várias obras orquestrais, três quartetos de cordas, música de câmara, música para instrumento solo e música electroacústica.

Recebeu inúmeros prémios nacionais e internacionais, incluindo três prémios no Concurso de Música Electroacústica de Bourges, bem como o prestigiado Magisterium no mesmo concurso, o Prémio Giga-Hertz, o 1º Prémio no concurso de música electroacústica Metamorphoses, o 1º Prémio na Yamaha-Visiones Sonoras Competition, o 1º Prémio na Musica Nova Competition, etc.. É Professor Titular na Universidade Federal de Minas Gerais e Professor Catedrático na Universidade de Aveiro. Tem igualmente publicado diversos artigos em revistas nacionais e internacionais, e escreveu um livro sobre teoria analítica da música do século XX.

Estudos de música em Viena da Áustria e na Fundação Musical dos Amigos das Crianças – Inês Barata e Leonor Prado, no Conservatório Regional de Rueil-Malmaison (França) na classe de Dominique Barbier e posteriormente na Academia Nacional Superior de Orquestra – Ágnes Sárosi. Master-classes como James Dahlgreen, Gerardo Ribeiro, Galina Turtchaninova, Gilles Apap e Maxim Vengerov.

Tem dedicado grande parte  da sua carreira musical à composição de bandas sonoras, sendo-lhe atribuído o prémio de melhor proposta musical no concurso “Teatro na Década 97”. Compôs a música de diversas peças, encenadas no IPdJ, Teatro da Comuna e Teatro  da Trindade. Compôs a banda sonora do documentário “Cartas a uma Ditadura” realizado  por Inês de Medeiros, exibido em diversas salas de cinema do país e estrangeiro. A sua música tem sido    tocada por formações como a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfonietta de Lisboa e Orquestra  do Algarve. É membro fundador do Quarteto Lopes-Graça, com várias gravações de dedicadas Música Portuguesa actuando não só Portugal como no estrangeiro. Leccionou master-classes na Escola Portuguesa em Maputo (Moçambique) e nas Oficinas de Música de Curitiba (Brasil) e é professora na Escola Metropolitana de Lisboa e Escola de Música do Conservatório Nacional.

Licenciado em Composição na Universidade de Aveiro, onde recebeu três bolsas de mérito. Frequentou seminários com Emmanuel Nunes e K. Stockhausen. Investiga no INET-md. Fundador e director artístico do Festival DME. Como compositor, tem apresentado a sua música em países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Chile, China, Coreia, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas, França, Grécia, Holanda, Itália, Japão, Mónaco, Polónia, República Checa, Rússia, Túrquia, Ucrânia; e trabalhado com entidades como IRCAM, KCMD, Musik Fabrik, ZKM, Musiques & Recherches. Tem leccionado em instituições como Cons. Mús. Seia, Inst. Piaget, EMNSC, FCSH-UNL. É professor na ESART-IPCB e ESML-IPL. Diretor do espaço Lisboa Incomum.

CHRISTOPHER BOCHMANN (n. 1950) formou-se em composição pela Universidade de Oxford, como aluno de David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson. Em 1999, obteve o grau de D. Mus. (doutoramento em composição) pela mesma Universidade. Estudou também com Nadia Boulanger em Paris e com Richard Rodney Bennett em Londres.

Leccionou em várias escolas na Inglaterra entre as quais Cranborne Chase School e Yehudi Menuhin School.  Passou dois anos no Brasil como professor da Escola de Música de Brasília. Trabalha em Portugal desde 1980.  Leccionou em várias escolas na área de Lisboa nomeadamente no Instituto Gregoriano de Lisboa e no Conservatório Nacional. De 1984 a 2006 foi professor da Escola Superior de Música de Lisboa da qual foi Diretor durante seis anos (1995-2001) e onde também coordenou o curso de Composição de 1990 a 2006. Atualmente é Professor Catedrático da Universidade de Évora, onde foi Diretor do Departamento de Música de 2007 a 2013 e Diretor da Escola de Artes entre 2009 e 2017.

É maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil desde 1984 com a qual deu concertos em todo o país e com a qual também gravou três CDs da sua própria música. Também dirige com frequência o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa tendo dado muitas estreias e gravado várias obras portuguesas em CD.

Em 2004 foi-lhe atribuído uma Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. E em 2005 foi agraciado pela rainha Isabel II com a condecoração O.B.E. (Officer of the Order of the British Empire).

As suas composições abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos. O seu estilo musical passou por uma fase de considerável complexidade, e já utilizou muitos processos aleatórios. Mais recentemente, a sua música tem se tornado algo mais simples, seguindo assim certas tendências do pós-modernismo sem contudo recorrer ao neo-tonalismo. Na sua música vocal, interessa-se especialmente na exploração de aspectos tanto fonéticos como semânticos do texto. Toda a sua música revela uma preocupação com a relatividade com que ouvimos e apreciamos o som, numa tentativa de fazer corresponder os processos e as técnicas estruturantes da música cada vez mais proximamente a critérios intrinsecamente musicais e sonoras.

Para além de uma extensa lista de obras originais, Christopher Bochmann tem ainda realizado muitas orquestrações e arranjos.

VIDEOARTISTAS

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